sexta-feira, 13 de abril de 2012

Foda-se, exploda-se.



I recommend getting your heart trampled on to anyone
I recommend walking around naked in your living room.







Eu que sempre fui tão fria quanto a isso, eu que sempre planejei que isso não aconteceria comigo; eu temia isso, só de imaginar como poderia ser, e agora eu vejo como é ainda pior do que eu imaginava, essa sensação.


Eu sabia que eu era uma pessoa fraca (quanto a isso) e devia me manter longe dessas coisas.
Eu que nunca fui acostumada com (me anoja escrever isto).. 'carinho'.


Eu não sou uma pessoa muito boa, e cresci ouvindo meu pai dizer: 'tu ainda vai sofrer muito na vida'.
Eu estufava o peito, e pensava 'QUE VENHA O QUE FOR'. Mas eu não imaginava isso.


E agora eu choro, e grito, e esperneio, no sentido mais dramático, doentio e natural. Eu não imaginei que eu chegaria a esse ponto.


Eu nunca gostei muito de mim, mas ainda assim tentei ser prioridade na minha vida. E hoje fico tão surpresa quanto triste ao admitir que eu FARIA QUALQUER COISA para ter tal pessoa. E que não a ter é um excelente motivo para não querer viver. Eu nunca quis muito mesmo..
Assim, dramático e patético que nem eu chingava nas novelas: 'Que mulher OTÁRIA, correndo atrás de um homem, não tem amor prórprio?!?! SEGUE EM FRENTE!'


Eu que sempre tiro lição das coisas, que respiro fundo e fecho os olhos pra sentir prazer em estar viva, que acho que tudo tem uma razão, e que temos que aprender com as coisas da vida, só quero gritar (e grito): EU DESISTO!


Eu não quero aprender essa lição! Prefiro viver na ignorancia e na frieza de não conheçer nada a disso. Prefiro não sorrir o resto da vida, a continuar nesse choro, nesses gritos, nesses soluços, que são tantos que me fazem querer vomitar.


Eu que nunca chorei muito na vida, quando eu era ainda mais criança, antes de chorar; eu me batia.
Há quem diga que eu preciso de um psicólogo, há quem diga que eu preciso de um namorado, há quem diga que eu preciso da palavra de Cristo, e eu sei que todos diriam: vai passar.


Eu que sempre disse pros outros: vai passar.
Ganhei um tapa na cara, do destino.
Um tapa estralado, e debochado, que gritou: 'HAAAAAAAAAAAAA, ACHOU QUE IA SE SAFAR??'

Eu que sempre disse que o melhor motivo para não gostar de alguém, é se alguém não gosta de ti. (nesse contexto/sentido)

Eu que não aprovava pessoas extremistas digo agora, que eu não quero senitr nada parecido com isso, nunca mais.



Eu que nunca tive esperança quanto a isto, acreditava que isso não existia pra mim, me sinto pó.


Eu que quando descobri isso em mim, por ser tão estranho, e com a idéia de 'vai dar tudo certo, eu sou humana, afinal' acolhi esse sentimento.
Que erro.

Não deu certo.



Eu que sempre desprezei dramas, e cenas, estou dizendo tudo isso. Estou vivendo o maior clichê da humanidade: não ser correspondido.
Eu que odeio clichês.

E que agora cuspo essas palavras com nojo, e desgosto de mim mesma: eu odeio tudo isso.

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