terça-feira, 14 de maio de 2013

No, you.

Cada vez mais eu procuro ser uma pessoa melhor, por mim, pelos outros, pela minha família e pelo mundo. Evito pensamentos ruins, evito ser mesquinha, procuro tratar todos bem, respeitar os limites, entender as diferenças, um esforço diário para fazer a minha parte por um mundo melhor. Mas eu sou humana e tenho defeitos.
E há um delírio que nem me envergonho de nutrir, e no ápice da maldade que eu admito em mim, abraço esta cena imáginária:
Um dia desses vou estar absolutamente alheia a tua existência, mas por acaso perco um pouco do controle do meu meio de transporte (pode ser bike, carro ou moto) e quase te atropelo. Não tinha te visto antes, nem como ser humano, nem como você. Nos olhamos e nos reconhecemos; eu te olho nos olhos e digo:

- Eu não vou te pedir desculpas.
Me arrumo para me afastar e finalizo:
- E nem vou te dizer tchau.
E saio.

Qualquer um pode achar que é requalque.

Ninguém sabe o que eu sofri.

Pronto. Estou pronta pra nunca mais tocar em qualquer assunto que envolva teu nome.


I think that life's too short for this
Want back my ignorance and bliss
I think I've had enough of this.

(vai ser feliz longe de mim)

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