quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Don't make me choose

Você pode propôr uma escolha entre dois itens em prol de uma boa conversa, mas se pararmos pra pensar, pra que escolher entre um dos dois?
Ambos vem e vão, é inevitável, e tem sua beleza.

O dia tem o movimento, crianças correndo, cumprir o ofício pra se orgulhar e ser útil pra sociedade, é tudo mais visível, logo mais palpável, logo mais acessível, dinâmico.
A noite é misteriosa e traz junto a solidão nescessária, o pensamento introspectivo, menos visão e mais audição e tato; mas pode ser também uma noite de farra com os amigos com muitas risadas garantidas.
Por isso eu fico com o crepúsculo que diz o dia ta acabando mas ainda há; e o amanhecer que é quase um renascimento. Ambos me remetem uma nostalgia e uma felicidade discreta.

Assim como o verão é piscina, praia, frutas galadas, vestir camiseta e chinelo de dedo, os dias mais longos pra aproveitar mais, viver mais. Se espreguiçar.
O inverno é lareira e família, mais TV, chocolate/café/chá quentinho, com toca e manta que dão aquele ar aconchegante, dormir mais cedo abraçado por um amontoado de cobertas. Bocejar (e ver o vapor da nossa respiração contra a luz).

Praia ou campo, cão ou gato, infância, maturidade, e velhice; tudo tem o seu valor, e tudo pode ser incrível se você quiser (e parar de reclamar).

Assim como as minúsculas particulas que compõem tudo muito além dos nossos olhos, está o vasto universo com números gigantescos de difícel compreensão. E o que está em cima é como o que está embaixo, e o que está embaixo é como o que está em cima, tudo é duplo, os extremos se tocam e tudo passa e depois volta, e passa, e volta de novo e de novo; ainda bem.