quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Pedaços

Retalhos de pensamentos de viagem:

Esses dias eu sonhei que Deus e o Diabo eram o mesmo, como yin & yang; as pessoas são a soma das influências de seus anjos e demônios* que nutrem: fofoca, vaidade, cigarro, gula, arrogância & uma esmolinha no sinal pra pagar os seus pecados. -
[Sabe, eu me sinto feliz pelo meu trabalho, sabe, alfinetar a humildade das pessoas, a mínima humildade de olhar, de abstrair do stress ou do celular, ou a menor e maior de todas: sorrir.]
- E melhor ainda se exaltar o ego.
Hoje eu vejo no sabão que lava, a àgua suja,
e muita muita hipocrisia, e medo com a tv ligada.
e como é fácil falar de coisas escuras.

*Trata-se de domar-los, acalmar-los e educar-los.



O que mais me incomoda nos hipócritas é que eles não sabem o que significa hipocrisia.


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(é ótimo estar sozinho, mas não se sentir só)
as duas coisas são a mesma coisa, mas opostas.


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Entonces, eu su cabeza:
- Quien sos vos?
- Soy la combinacion que llamam por mim nombre.

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Ser feliz é um exercício, de quando se é, querer mais
dizer: 'eu quero mais disto'
de experimentar transcender, dizer sim, e ser.
não se pode perder tempo se lastimando ou com pena de si
não se pode exercitar o pessimismo, as más notícias, e informações vazias, Deus me livre!

Um presente de um amigo.

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Minha auto-afirmação; à quem possa interessar:

Uma das minhas coisa favoritas de viajar é esse reencontro usual que tenho com as memórias de minha infância e adolescência, e que juntas fazem parte do meu renascimento.
Como por exemplo, tenho memórias de lugares que estive quando criança, formatos de calçadas, becos e todo o trajeto até o mercado; e hoje, aos meus 22 de idade com a cabeça ocupada em seguir viagem ou ficar, estar consciente o tempo todo de que dia é hoje e onde você está (muda o tempo todo), onde dormir, onde trabalhar, manter a bagagem, prestar atenção a todos ao seu redor, manter a postura, ser humilde, legal, e forte, e saber tratar cada um à sua maneira, e ainda lembrar que aquela banca de jornal no canto daquela rodoviária se parece com aquela uma outra lá de outra cidade que você conheceu na sua infância.
É tão pequeno, é a vida.

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Mas confesso que em São Thomé me sinto lufa lufa

Bons malucos
Se diz maluco o artesão que viaja grandes territórios com seus materiais e sua mochila. Vulgarmente chamado de hippie, termo hoje antiguado no ramo real.
Um bom maluco mangueia* com veracidade e olhar perdido. E são malucos, mas ainda assim; se sabe que a vida ensina, e com o passar dos anos e das rotas, ele vai diminuindo e a serenidade virá, como todo e qualquer ser que tenha a sorte de viver tantos anos, porém seu sorriso será mais frouxo, porque foi mais bem exercitado, e saberá que foi feliz porque teve coragem.

*Mangueio, do verbo manguear: pedir, vender o artesanato, 'oi moça, posso te mostrar a minha arte?'

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Quando se vive de verdades, se alimenta de verdades, e só se convive com verdades, sem nenhuma hipocrisia, e lhe perguntam:
- Saudades?
- Sim, dos dentes.

(é assim que meus amigos brilham na minha memória, sorrindo).

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Das paisagens tragadas e todos os sentir, o melhor da viagem ainda são as pessoas, todos os meninos lindos, as mulheres maternais, os homens fraternais, o olhar curioso das crianças (é uma moça careca?), os hippies loucos, os amigos, as amigas, e as amigas de infância em um dia. Intenso.
Tem gente boa em tudo quanto é casco.