quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Prédios e carros.

Me contem por favor (suas mentiras).
Me convençam de como vocês conseguem fazer pra se sentir tranquilos e satisfeitos.
Me convençam de que está tudo bem, que são só embalagens que vão pro lixo e desaparecem.
Me ensinem a ignorar o céu já míope, como se não mais existissem estrelas tão longe só esperando para serem observadas.
Eu quero ignorar a beleza da água, do ar, da terra e do fogo; por que, né? Não tem pra vender no mercado, nem na loja, nem no shopping, nem na internet.

Eu não quero roupa, maquiagem, calçado, plástico, acrílico. Como vocês fazem pra ignorar os pássaros? Eu percebo que eles são poucos, mas vocês não parecem perceber nada, talvez uma foto no facebook vocês vão curtir, onde eu baixo esse aplicativo? Como vocês fazem pra acreditar que esse calorão infernal, e depois chuva de granizo, depois o calorão denovo é natural?

Como assim, não importa se é natural?

Eu quero ser assim também, porque do jeito que eu sou é meio triste, eu não consigo me concentrar pra prova... porque é a prova que importa, né? Ela faz eu tirar A, ela faz eu me formar, ela faz eu ter emprego, pra poder comprar sossegada. Um carro, um apartamento confortável com quadros e decorações, liquidificador, i pod, i pad, iphone, e rivotril.
Dói o meu peito, minhas costas, e meus ombros; esse ar deixou minha vista cansada. Nada de mais.

Ninguém se importa e podem me dizer 'vai morar no mato se não tá bom'. Eu posso? Será que eu consigo lidar com os pernilongos?  Mas como eu faço quando eu sentir saudade de vocês?

“Rather than love, than money, than fame, give me truth.” Henry Thoreau.

It wears me out



domingo, 3 de novembro de 2013

Mandamentos dos vivos

Cuida do planeta, da água, do ar, e da terra
Protege o menor e indefeso
Não machuque ninguém
Te faz feliz
Seja seu melhor
Aprenda
Pense
Experimente
Doe-se 
Não traia
Entenda o próximo
Encare as coisas com simplicidade

sábado, 2 de novembro de 2013

Que eu contradiga

quarta; depois da aula vou beber, antes do centro budista.
(acabei não indo, mas era intenção)
quinta; volei até as 21:00 depois vou direto pro diretório acadêmico beber.
sexta; bebo noite adentro.
sábado de manhã; batida de banana com granola.

terça-feira, 22 de outubro de 2013

My meaningful favorite musics of my meaningless life

The songs I can't stop believing are mine.
You know this feeling?
I wish i would care less about feelings, but i can't.


8. Maybe sometimes,
We've got it wrong, but it's all right.



7. Your cry for inspiration never reaches ears on distant stars;
And every night our lonely planet slides across the universe.



6. She's got her little book of conspiracies right in her hand.


5. She had a pleasant elevation
She's moving out in all directions


4. If it's colors you had
No need to be sad.
It really ain't that bad.


3.I'm sad but I'm laughing
I'm brave but I'm chicken shit
I'm sick but I'm pretty baby


2. The wind is low, the birds will sing,
That you are part of everything.


1.


I wanna stand up, I wanna let go
You know, you know, no you don't, you don't;
I wanna shine on, in the hearts of men
I want a meaning from the back of my broken hand.
Another headaches, another heart breaks;
I'm so much older than I can take.
And my affection, well it comes and goes;
I need direction to perfection, no no no no.


segunda-feira, 7 de outubro de 2013

until yet.

E se fosse só suas olheiras, seria menos?
Se fosse só seu jeito, seria só admiração?
Eu teria te notado no meio da multidão se não fosse teu sorriso entre parênteses?
Se não fosse o seu perfume, sequer existiria alguma coisa?

Eu vou algum dia me livrar dessa catarata que me faz acreditar que só você pode me fazer flutuar?

Eu vou negar tudo.

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

22:00

Foi só um momento que eu tomei consciência do agora, que eu percebi e fiz uma releitura do momento; eu estava em pé, me balançando lentamente neste ritmo:



com o Erick no meu colo, eu estava com a cabeça descansada no ombro dele e sentia seu cheiro de bebê, alisava a pelúcia fofinha de sua roupa, e no reflexo da janela eu via ele batendo o pézinho constante. Ergui minha cabeça e vi que ele estava acordado, que nem eu, só aproveitando o momento, escoradinho, descansado, e puro como são os bebês.
O cheiro;
o toque;
a música;
o amor.

Não importava que meus pais briguem, não era mais tao ruim o sentimento de machucar o rapaz, e minhas preocupaçõess, dores e medos eram coisas muito distantes.

Era só amor, puro, básico, simples.
Eu não conhecia as coisas assim 10 meses atrás.



Erick e minha mãe.

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Vamos falar de coisas boas.

Eu queria um jornal sério, não programa de auditório forçado, que me contasse notícias boas.
De vez em quando vem uma notícia boa no jornal normal, eu acho. 

Não sei. É raro eu me arriscar assistir; me tornei um tipo sensível pra desastre, me adono da dor do outro não menos como se fosse minha mesma.
Daí não dá. Ainda se a minha tristeza diminuisse a do outro, então valeria a pena; mas não diminui.

Queria um jornal sincero sobre o bem. Porque eu sei que no meio de tanta merda, também ta acontecendo coisas boas, não é que eu queria me iludir, eu quero me purificar; eu acredito no bem.
Eu quero saber da felicidade alheia.
Eu quero saber das coisas boas.



E nem venha falar mal dele ou dela pra mim.
Eu não quero saber.
E ela ou ele não me incomoda tanto assim, até tem seu lado positivo. É só o jeito dele ou dela.
Mas tu quer me ouvir falar o quanto a minha chefe é legal? Ou como eu amo meu irmãozinho?

Mas antes de me chamar de hipócrita, entenda: Eu só quero falar de coisas boas.

Eu nunca estive cercada de tanta gente legal; nunca tive tanta sorte como tenho agora.

E eu não me arrependo de nada.
Ok que eu cometi muitos erros dispensáveis, mas tudo já passou, me ensinou qualquer coisa, e tudo valeu a pena.
Cada pessoa na vida que eu conheci, conversei, e convivi; foi tudo ótimo.
Me dá um abraço, vamos brindar!


O copo está meio cheio.

terça-feira, 9 de julho de 2013

O tipo de diálogo comum na minha cabeça:

"CAAAAARA BERGAMOTA É MUITO BOM! Vou me casar com uma Bergamota.
haha. Nossa, capaz. Já pensou se o Queijo ouve?"

domingo, 7 de julho de 2013

Nobody said it was easy.

Cada vez que eu atravesso o pátio da minha casa pela última vez do final de semana e observo com atenção o que eu estou deixando pra trás, eu me questiono. 
Cada vez que na viagem que me trás de volta a rotina eu lembro que eu deixei quem eu mais amo, para cumprir essas obrigações que eu escolhi, me aperta o coração. 
Cada vez que eu lembro de qualquer um dos meus amigos, ou das minhas tias, ou dos meus primos que eu não consegui estar junto no final de semana (de novo), me dói um pouco. 
Até mesmo minha bike de Caxias criando pó, insinua o questionamento, se eu estou fazendo a coisa certa.

Morar em Porto Alegre é legal, a faculdade é ok, e meus amigos daqui são incríveis; mas cada vez que eu entro no ônibus de volta, ecoa melancólico na minha cabeça: your home is where your heart is.


quinta-feira, 13 de junho de 2013

FAQ Kenny

(Frequently Asked Questions Kenny)


1. Kennya?
Não, Kenny; sem o 'a'.

2. Com 'ká'?
Ká, e, dois enes, ípsolun.


3. Ah, nossa, que diferente.. É teu nome mesmo ou apelido?
É meu nome.

4. Hahaha, legal. Quem te deu esse nome, de onde tiraram?
Meu pai, ele leu atrás de uma fita k7 e achou uma boa idéia.

5. Varela com dois 'éles'?
Não.

6. Tu é parente do *Fulano* Varela?
Não.

7. Não dói isso na tua boca?
(Sim, mas eu gosto da dor; ás vezes em casa eu me penduro em uma corda por eles e me balanço.)
Não.

8. Não incomoda?
(menos do que pessoas com perguntas idiotas)
Não.

9. Nem pra beijar?
Não. (PORRA!)

10. Por quê um astronauta?
(antes de qualquer coisa entenda que não é porque eu tenho um desenho no meu corpo que eu estou disposta a contar meus motivos pra todo mundo à toda hora)
Hm. É a manifestação física de um diálogo interno..


11. E tu não vai estourar essa espinha aí? Deixa eu estourar? hahaha
(Nossa, sério, vai toma no cu, tipo, te encherga; deixa que eu cuido da minha cara, e se não te agrada sinta-se à vontade para se afastar)



domingo, 26 de maio de 2013

A Y A H U A S C A

Começou básico: lembro dos meus pais e choro.
E assim segue: o efeito aumenta, eu choro mais.
Eu choro até perceber meu cérebro dizer: você precisa respirar.
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAH
Quanto tempo eu fiquei sem respirar? Eu me entrego tanto ao choro que me esqueço de respirar.
E não é nem o instinto reflexo do meu corpo que me salva, e sim minha mente que me diz: respira
Eu choro muito; eu choro TUDO que cabe no tempo que eu consigo ficar sem respirar.
Eu não consigo ser feliz assim, e eu não quero que as coisas continuem assim, eu quero que todos fiquem felizes e bem, eu quero igualdade e justiça; eu não consigo ser feliz com as pessoas que morrem de fome, com as guerras, gente inocente morrendo, crianças sendo abusadas, eu não consigo ser feliz com aquele cachorro abandonado na rua, quem dirá multiplicado por todos os cães sem donos, maltratados mundo afora. Eu não consigo. Será que um dia eu vou ser feliz? Eu não consigo.
Eu não consigo nem querer ser feliz com a consciência de que são roubados milhões todos os dias, descaradamente enganando uma nação inteira, e permitindo que a violência e as condições de educação e saúde continuem péssimas.
Tá errado. Não é assim. Não é normal
Estou com o corpo contraído de dor pelo mundo, escorrendo pelos meus olhos, interrompendo minha respiração
Tomara que Deus exista.
- Kenny! Respira!
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH. respirar.
- Kenny, relaxa é importante .... bla bla... blablabk....... bla
Moça, não vai.
Fica aqui perto de mim
só mais um pouco
por favor
fica
aqui
(me faz um carinho).
Fica perto de mim
só mais um pouquinho
pra sempre.

Eu choro nas palmas das minhas mãos, e meu Deus! Quanta tristeza! Quanta tristeza dentro de mim, todas elas, de cada dia que eu ignoro, em cada dia da minha vida. Eu estou boiando na superfície desse mar de tristeza e já parece muito mais do que eu posso aguentar, e eu sei que tem muito mais em profundidade e vastidão. Esse mar dentro dessa caixa, no lugar mais distante do meu subconsciente, abandonado por esquecimentos forçados; eu escolhi esquecer, mas ainda resta mágoa, tristeza.
Porque tanta briga? Porque tanto grito? Era tão triste quando eles iam trabalhar e me deixavam sozinha, eu ficava muito tempo chorando. Era tão triste não ter ninguém pra brincar. Eu tinha tanto brinquedo e me sentia tão sozinha. Eu me sentia tão burra na escola. Eu sentia tanto medo de ficar sozinha. Era tão triste. Porque assim?
respira. respira.
Porque eu não reagi como as outras crianças? Porque esse monstro invisível sempre me acompanhou com o peso da tristeza?

Se eu pudesse tocar no fundo da alma de qualquer pessoa do mundo, se eu pudesse ser ouvida e meu desejo se tornasse verdadeiro; qualquer pessoa do mundo que fosse, eu desejaria com toda a minha força que essa pessoa fosse feliz.
Eu quero que as pessoas sejam felizes.
Eu me sinto bem quando as pessoas estão felizes.
(porque eu...)

Já é difícel o suficiente respirar, porque eu tenho que fazer mais do que isso?
É tão difícel existir. Porque tanta coisa? Já me dá tanto trabalho levantar meu corpo, e sorrir; e eu ainda tenho que ser filha, irmã, sobrinha, afilhada, amiga, prima, bonita, inteligente, forte, tem que ir pra faculdade, tem que estudar, tem que ter um emprego, tem que comprar coisas no mercado, tem que comprar presente. Pra que tanta coisa?
Se eu me sinto tão bem o suficiente deitada de manhã na minha cama, com minha colcha macia me abraçando e só.
Simone.
respira.
E esse corpo? E esse mundo? E esse lugar?
Eu não sou isso, eu não sou daqui. Issto é loucura.
Mas o que é normal?
Viver como formigas para trabalhar e comprar, é normal?
Fazer coisas que não gosta para comprar coisas que não se precisa, é normal?
A palavra é agonia.
Agonia, aflição, angústia.
Eu não quero.
Ninguém entende.

Eu quero minha família.
Eu vou voltar pra Caxias.
Meu maninho.
Pai, tu quer que eu volte?
Eu vou ser melhor.
Eu quero ser melhor.
A gente se ajuda.
Eu quero que vocês sejam felizes.
Eu preciso que vocês sejam felizes par mim ser feliz.
Tia Rose.

Chama a Márcia.
A Márcia me entendia.
Eu gostava tanto da Márcia e ela fugiu.
Porque Márcia?
Eu precisava de ti.

E eu gostava tanto dele.
MEU DEUS
COMO EU GOSTAVA DELE
Como ele conseguiu fazer isso comigo?
Como eu gostava tanto dele?
COMO?
MEU DEUS!
ELE.
ELE.
.

Ele não gosta de mim
E nunca vai gostar.
Dói TANTO.
(eu sei que preciso superar, mas na verdade parece que eu nunca vou conseguir, finjo que esqueço)
Que frio.

Porque tão frio?
Mundo gelado. Mundo malvado.
Me ajuda.
Eu não consigo explicar.
As palavras são muito pequenas.
Os conceitos são muito vagos.

Estou deitada.
Permanço deitada com o tempo.
As coisas não parecem mais tão ruins.
Eu vou dar um jeito.
Eu vou conseguir.
Me abraça.
.
.
.
.
Amanhã eu vou ser aquela mesma menina.
Fazendo as mesmas coisas, indo nos mesmo lugares.
Me esforçando pra sorrir, tentando me esconder.
Eu gosto de preto ou eu me escondo?

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Talking about procrastination

Muito se fala sobre procrastinação, acredito que por ser uma palavra tão rebuscada que na verdade designa algo tão vulgar e banal. Afinal quem não deixa para amanhã o que deve fazer hoje? Quem não deixa pra fazer depois o que deve se fazer agora? Quem nunca deixou pro último dia, o trabalho que se teve meses ou semanas para ser feito?
Mas venho agora falar sobre isto pois sou não apenas mais uma procrastinadora como todos são ás vezes, mas sim porque sou uma profissional no assunto. Para se ter uma ideia, a primeira vez que planejei escrever este post era 2012.
E como expert no gênero, não venho lhes ensinar o que aprendi cometendo sempre o mesmo erro, ou lhes convencer a não se render a irresponsabilidade que gera o adiamento. Meu profissionalismo neste defeito só me permite me exibir do mesmo, e lhes contar minhas desventuras com a arte do deixar para depois.
Podia lhes contar qualquer uma das minhas histórias, e dar ênfase na minha destreza em estar nesta situação, nos 45 do segundo tempo, e ainda assim continuar a inventar desculpas a mim mesma de como eu ainda não estava confortável o suficiente para começar a pôr a mão na massa. Mas vou lhes contar o esqueleto genérico da procrastinação que eu costumo viver.

O desenrolar começa ao passo do estipulamento do prazo:
- com mais de uma semana: não há absolutamente nada com o que se preocupar. até os
- 7 dias antes do prazo: aceitação: ok, é necessário que eu comece a pensar em fazer o trabalho.
- 5 dias antes do prazo: amanhã eu começo a fazer o trabalho.
- 4 dias antes do prazo: esquecimento ocasional proposital.
- 3 dias antes do prazo: enganar-se: hoje estou tão cansado/triste/desmotivado.
- 2 dias antes do prazo: semi-desespero: como eu fui tão burra em deixar pra última hora? Pena que hoje eu tenho várias outras coisas pra fazer (procrastinação elevada a procrastinação)
- 1 dia antes do prazo: há duas sub possibilidades:
                                1 ) você decide tomar cerveja com uns amigos depois da aula/trabalho, ou fazer as compras da semana.
                                2 ) Você começa a fazer o trabalho e elevar procrastinação à procrastinação, isto é, mesmo fazendo o trabalho em cima do laço, continuar procrastinando, como comendo durante o trabalho, sentido muito frio, depois muito calor (trocar de roupa), sentindo agonia (PRECISO tomar banho), muita sede (e muito xixi), sono (mesmo que você tenha passado o final de semana inteiro na dormindo), insetos passam a triplicar seu nível de incômodo. Enfim, por aí vai, até você fazer 10% do trabalho e se sentir exausta. (Como eu sou profissional, confesso de depois de fazer os 10% me sinto até bem realizada e competente, conformada que "amanhã eu faço em dois toques")
- O dia: o dia chegou e mais uma vez você deixou pra última hora.
A procrastinação nível hard consiste em fazer o trabalho suando e conferindo o relógio de 15 em 15 minutos; isto é: resultado final com qualidade defasada.
A procrastinação nível expert consiste em mais uma vez elevar procrastinação à procrastinação, e por fim se conformar em entregar o trabalho com o prazo atrasado, afinal juntando todas as procrastinações de cada aula, um dia ele ficará pronto.

Mas preciso citar este fato recente que me tapou de nojo comigo mesma assim que me deparei com a cena ridícula que eu me encontrava: eu PRECISAVA ler aquele texto de antropologia, as aulas a respeito ja estavam quase acabando, talvez a do dia seguinte fosse a ultima, e eu tinha que ler aquele maldito texto.
Decidida a naquela noite ler, fiz todas as coisas do mundo antes de finalmente sentar na minha cama com todas as minhas manias em ordem, e quando estava tudo encaminhado vi que no canto da cama tinha esquecido os cabelos que me ca
íram depois do banho, enquanto eu os escovava, e então começei a conta-los.


Eram vinte e quatro fios de cabelo.
(e depois eu fui ler).




terça-feira, 14 de maio de 2013

No, you.

Cada vez mais eu procuro ser uma pessoa melhor, por mim, pelos outros, pela minha família e pelo mundo. Evito pensamentos ruins, evito ser mesquinha, procuro tratar todos bem, respeitar os limites, entender as diferenças, um esforço diário para fazer a minha parte por um mundo melhor. Mas eu sou humana e tenho defeitos.
E há um delírio que nem me envergonho de nutrir, e no ápice da maldade que eu admito em mim, abraço esta cena imáginária:
Um dia desses vou estar absolutamente alheia a tua existência, mas por acaso perco um pouco do controle do meu meio de transporte (pode ser bike, carro ou moto) e quase te atropelo. Não tinha te visto antes, nem como ser humano, nem como você. Nos olhamos e nos reconhecemos; eu te olho nos olhos e digo:

- Eu não vou te pedir desculpas.
Me arrumo para me afastar e finalizo:
- E nem vou te dizer tchau.
E saio.

Qualquer um pode achar que é requalque.

Ninguém sabe o que eu sofri.

Pronto. Estou pronta pra nunca mais tocar em qualquer assunto que envolva teu nome.


I think that life's too short for this
Want back my ignorance and bliss
I think I've had enough of this.

(vai ser feliz longe de mim)

domingo, 5 de maio de 2013

Sweet Child Of Mine

Fui filha única por 20 anos.
Filha única SEMPRE desesperada por mudar isso, mas como isso não dependia só da minha vontade, fiz de tudo ao meu alcance, além de pedir e espernear para meus pais, pedi para Deus, para estrela cadente, pro bolo de aniversário, e qualquer gênio imaginário que cruzasse meu caminho. E sempre me apegando demais e dando muito valor pra meia duzia que eu chamei de amigos de verdade.


Bom, meu irmão veio tão em tempo quanto a minha vontade. Sim, vamos jogar futebol no pátio, apostar corrida, brincar no parquinho, assistir desenhos, passear no parque, e comer picolé. Vou aprender histórias de terror (ou inventar) pra contar pra ele; depois vou ensinar ele a olhar o céu, e mostrar o que é bom de se ouvir. Sinto, ás vezes com lágrimas nos olhos, a vontade mais pura de ser a melhor irmã do mundo.
Mas o que eu mais quero, é que ele seja o máximo feliz que cabe em uma pessoa.
Isso porque com ele senti esse modelo único de amor. Esse modelo lindo, e até então ausente na minha vida.

As pessoas que tem irmãos, se gostam ou reclamam; são poucos os casos que eu vejo que estas pessoas enxergam a beleza dessa relação intrínseca de amizade pura, e a sorte que estes têm.

Hoje o Erick tem 5 meses; o irmão que no meu âmago eu esperei cada dia da minha vida; e eu sinto que a 5 meses atrás eu nasci junto, mais uma vez, e melhor.


Maninho sendo lindo (espcialidade dele)

 Maninho sendo gordinho simpático


Maninho sendo a criança mais linda de todas as galáxias

Eu sendo mega feliz, com o maninho no colo sendo rabugento.

domingo, 21 de abril de 2013

Bolo espacial espaço sideral


Na última sexta-feira tive a maior trip o sonho mas afudê da minha vida medíocre. Foi quase uma iluminação, um estado mental superior à consciencia humana tradicional; e eu me entreguei nos pensamentos que por fim me mostraram como funciona o universo. E sei que parecerei lunática contando os detalhes, mas foda-se, o resultado dessa experiência não pode ficar só comigo. Foi fantástico!

Tudo pode começar com alguma coisa QUALQUER do mundo: pode ser um grão de areia, uma pessoa, ou até mesmo o planeta terra. Pegarei primeiramente o exemplo do grão de areia: imagine e veja que nesta pequena partícula de solo há muitas e muitas outras partículas minúscula e distintas nela (até então não há novidades), porém imagine e veja estas particulas além dos conhecidos átomos e afins, mas dentro disso partículas de gigantesca complexidade, como um universo inteiro lá; não com pessoas propriamente ditas, mas com todo o tipo de matéria, inclusive muita coisa inimaginável por nossas meras mentes limitadas.
E esse grão de areia, absolutamente complexo é para nós apenas um grão de areia; a situação é que aquele grão de areia é apenas UM grão de zilhões; e o grão foi apenas um exemplo da grandiosidade (e perfeição) de TODAS as coisas que compõem TUDO.

(redobrar a atenção nesta parte)
Então você pega esse grão e dá um zoom out, e vê você, seu corpo; e se você ver seu corpo com zoom in, qualquer célula meramente conhecida de sangue, saliva ou pele e entrar mais e mais na visão você verá todos os átomos e particulas como coisas gigantescas e complexas. MAS elas são só partes minúsculas de você, que É na verdade uma coisa minúscula num planeta gigante, cheio de gente e coisas igualmente complexas como você; mas que na verdade é  também um planeta minúsculo num universo gigante e complexo em cada minúsculo detalhe, e que por fim não passa de só um pedaço de universo em determinado tempo e espaço com infinitas variações de planetas e muitas outras coisas além de nossa mísera compreensão ou sequer imaginação.

E eu não falo só em profundidade das coisas, eu falo em vastidão, enquanto falam em 3D, 4D, ou pqpD eu falo em TODAS  as dimensões, a beleza, perfeição e complexidade de todas as coisas do universo inclusive dele em si, se divergem para todas as dimensões, sem espaços nulos. Imagine como uma explosão que espalha pedaços do que houver para todos os lados, porém mais forte e mais completo.

A moral?
A moral é que o universo é perfeito, e tudo que tem que ser, será; ele vai cuidar de tudo para nos guiar.
Essa vida mediocre e limitada é só um estágio de nossas vidas e do mundo.
E a gente sempre vai dar um jeito, porque há um plano maior e perfeito.

E cara, eu vi a perfeição. É linda.
E se ja foi difícil explicar tudo isso, sobre a perfeição eu me abstenho; porque ela simplismente transcende qualquer tentativa de explicação.

Mas enfim. Relaxa, vai dar tudo certo.
Claro que ainda devemos nos esforçar em nossas rotinas triviais, o progresso é nescessário, e mesmo que nosso esforço seja meramente social (ter um emprego, uma família, uma casa, cortar o cabelo e tal.) o universo sempre da um jeito de nos ensinar o que é realmente importante na vida para a evolução.
Não se passaram nem 200 mil anos de vida da humanidade; e sempre houve o progresso cientifico e tal, mas nós ainda temos muito a aprender sobre como tratar uns aos outros e como tratar a natureza. E isso ainda vai levar milhões de anos.
E nós vamos superar tudo, porque a gente ja superou muita coisa, meteoritos e ataques nucleares talvez sejam episódios nescessários para a o longo processo de evolução à evolução e enfim à perfeição.


quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

As melhores coisas do mundo


por Kenny.

(ã, óbvio. euheuhe)
(porque eu adoro listas, lá vai:)
1. Uma boa história (lida, ouvida, ou assistida);
2. Harmonia sonora;
3. Uma bela paisagem orgânica.
4. Meu maninho;
5. Animais fofinhos de pêlo macio;

6. Um sexo bem feito;
7. Sorvete, cerveja, suco de cupuaçu e pipoca (e frutas);
8. Pessoas que te fazem rir e/ou esquecer os problemas;
9. Confiança em si próprio;
10. Água;

o resto é subproduto.



meu maninho


 Animal fofinho de pêlo macio

Nada mais vai me ferir, é que eu ja me acostumei com a estrada errada que eu segui, com a minha própria lei (:

domingo, 17 de fevereiro de 2013

I'm my own worst enemy

Eu não tenho mais forças para pedir desculpas
Todas as pessoas que eu tenho desapontado recentemente, de qualquer forma e gravidade, por ter adiado em cima da hora, ou por simplismente não ter ido, por ter dito alguma coisa ou agido de alguma forma, por qualquer desagrado; só fazem eu ter vontade de não querer conheçer mais ninguém, para não desapontar mais ninguém.
Queria sempre poder deixar bem claro pra todo mundo: não confiem nenhum pouco em mim, eu não sou legal, e logo eu vou te desapontar.

E mesmo que eu peça desculpa mais uma vez pra essas pessoas, eu sei que em pouco tempo estaremos na mesma situação novamente.
E eu sei que pra muitas pessoas o meu pedido de desculpa tem pouco valor mesmo, e a resposta é um tanto faz; mas na verdade eu não posso deixar de me sentir igualmente culplada, e é mais uma coisa que soma a minha tristeza.
Se isso consola alguém: pior do que você desapontado por mim ás vezes, sou eu mesma comigo.
E cada vez mais em quero me esconder em qualquer lugar pequeno, ou estar em qualquer lugar longe, como se aquilo fosse minha morte para as pessoas; ou dormir, como se aquilo fosse a minha morte para mim.
Mas eu não quero ter que pedir mais nada, eu não quero ter que fazer ou falar qualquer coisa; eu não quero mais nada.




terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Bem sem querer


Tenho andado distraído, 
Impaciente e indeciso
seria uma cena bonita, se não fosse comigo
E ainda estou confuso, só que agora é diferente:
o bairro deserto, minha bicicleta rangindo, aquele gato no muro
Sou tão tranquilo e tão contente.
ofegante, mas cantando em voz alta.

Quantas chances desperdicei quando o que eu mais queria
Era provar pra todo o mundo que eu não precisava provar nada pra ninguém.
preciso sair dessa cidade

Me fiz em mil pedaços
eu estaria sendo usada se não estivesse usando?
Pra você juntar
não, ele é gentil.
E queria sempre achar explicação pro que eu sentia.
mas não me convence com aquele jeito de imune a sentimentos
Como um anjo caído fiz questão de esquecer
ele não é uma excessão. Ninguém é.
Que mentir pra si mesmo
É sempre a pior mentira,
eu acho que acabo de perceber que talvez eu não seja uma aberração completa
Mas não sou mais tão criança a ponto de saber tudo.
eu não sou tudo isso.

Já não me preocupo se eu não sei por que.
Às vezes, o que eu vejo, quase ninguém vê
eu não seria assim se eles não fizessem eu me sentir assim
E eu sei que você sabe, quase sem querer
Que eu vejo o mesmo que você.

Tão correto e tão bonito!
O infinito é realmente
Um dos deuses mais lindos!
minha maior experiencia de reciprocidade é com as estrelas
Sei que, às vezes, uso
Palavras repetidas,
é um bom compensador
Mas quais são as palavras
e essa brisa...
Que nunca são ditas?
eles me tratam feito cachorro.

Me disseram que você
Estava chorando
não é nem sempre o que eles dizem
E foi então que eu percebi
mas é sempre como eles dizem
Como lhe quero tanto.

Já não me preocupo se eu não sei por que.
Estou chegando em casa
Às vezes, o que eu vejo, quase ninguém vê
Ser estrangeira na casa que cresci
E eu sei que você sabe, quase sem querer
mas nem acredito que seja proposital.
Que eu quero o mesmo que você.
E quando se está triste, não existem amigos.